As Consequências da Crucificação de Jesus.

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Apresentação:

A matéria aqui tratada refere-se à História do Cristianismo. Questões como fé e religiosidade serão melhor produzidas no contexto do Novo Testamento, também tratadas neste “site”.

A condenação pela crucificação é o maior marco e a maior prova de existência de Jesus Cristo. Há documentos que comprovam este fato histórico.

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Contexto:

A notoriedade de Jesus não podia mais ser ignorada pelas autoridades judaicas e romanas.

Muitos historiadores consideram que os romanos viam Jesus como uma ameaça, o que para este autor é uma posição questionável, uma vez que Jesus não tinha um caráter revolucionário ou de guerrilha, ao revés, Seus mandamentos retratam o amor como fundamento.

De qualquer modo, além de ser acusado de blasfêmia pelo sinédrio, Jesus foi a julgamento pelas leis romanas da época acusado de planejar uma rebelião contra Roma, o que o levou a condenação por crucificação pelo governador da Judeia, Poncio Pilatos, no ano 30 ou 33, dependendo da linha de estudos que se queira seguir.

Fonte (domínio público): https://pixabay.com/pt/images/search/crucifica%c3%a7%c3%a3o/

A crucificação de Jesus poderia acabar com os seus ensinamentos e a sua popularidade, ao menos esta era a ideia de seus algozes.

Entretanto, a morte de Jesus Cristo representou e representa a sua perpetuação na história, inclusive como Senhor do tempo, uma vez que nosso calendário é contado a partir do seu nascimento.

Esta foi a maior consequência histórica da crucificação de Jesus Cristo.

Este fato é tão forte, que há historiadores e teólogos que consideram a ideia da ressurreição de Cristo como a identidade religiosa do cristianismo. É pura verdade.

Mas é importante dizer que dentro de uma concepção meramente histórica faz-se necessário afastar a ideia da ressurreição que não é aceita por aqueles que não acreditam em Deus e consequentemente em Jesus.

A História do Cristianismo não se prende apenas ao contexto religioso, o cristianismo influenciou decisivamente na história da sociedade como um todo.

Fonte (domínio público): https://pixabay.com/pt/photos/jesus-cristo-m%C3%A3o-ressurrei%C3%A7%C3%A3o-4676641/

Por isto é necessário ficar clara a diferença entre a ideia de que a ressurreição comprova a divindade e papel de salvador da humanidade de Jesus; da Sua “morte”, cujo marco comprova as mudanças históricas na sociedade. Uma ideia baseia-se na fé, a outra na ciência histórica.

Foi pela morte que Jesus Cristo se imortalizou na História.

Já a ideia de sua ressurreição conduziu à atitude de seus discípulos, que partiram além dos limites da Judeia, no que se denominou de evangelização, expandindo os ensinamentos e o nome de Jesus Cristo pelos principais centros urbanos orientais do Império Romano.

Mas existe ainda outro fato que merece destaque na História do Cristianismo. Em que língua o Novo Testamento foi escrito? Em latim, língua oficial do Império Romano? Em aramaico, língua provável de Jesus? Em hebraico, língua que predominou no Antigo Testamento?

Destaco aqui, sem nenhuma dúvida que a expansão do cristianismo pelo Império Romano foi fundamental para assimilar elementos culturais próprios do helenismo.

O helenismo, ou o que se chama de período helenístico, foi um período da história que marcou a expansão da cultura grega, ou cultura helenística.

Neste período a Grécia esteve sob o domínio da Macedônia, que tinha como Imperador Alexandre, O grande.

Quando a cultura helenista se expandiu, o Império Macedônio incorporou um grande território da Grécia e consequentemente aspectos da cultura grega. Mesmo com a ascensão do Império Romano e a queda do Império Macedônio, estes aspectos culturais, como o idioma grego, foram preservados.

Aqui não se pretende estudar sobre a história do helenismo por se tratar de uma parte da História Antiga bem específica. O importante é que o estudioso deve estar sempre atento a este fato histórico – o helenismo – e saber que ao falar em cristianismo em muitos aspectos deverá se remeter a cultura grega, incorporada pelo Império Macedônio e preservada pelo Império Romano.

Mas qual a importância do helenismo para o cristianismo?

São vários fatores importantes e que serão tratados em outras postagens, já que a evangelização por parte de Paulo se deu também aos gentios e não somente aos judeus. Mas a influência do helenismo é notada, principalmente, no fato de o Novo Testamento ter sido redigido em grego e não em latim, que era a língua do Império Romano.

Diante destes fatos, é correto dizer que o cristianismo se desenvolveu em um contexto greco-romano e não apenas romano.

E toda esta expansão ocorreu graças ao “erro” de planejamento e de visão dos que pensaram que com a “morte” Jesus seria esquecido e os Seus ensinamentos desaprendidos, sendo certo que foi o fato que o eternizou e o imortalizou na História.

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