____________________________________________________________________________________________________________________
Apresentação:
Jesus é o nome do cristianismo, por isso, indubitavelmente, sempre teremos que retornar a sua passagem como homem que viveu entre nós e os ensinamentos deixados por Ele.
____________________________________________________________________________________________________________________
Contexto:
Quando Jesus circulou pela Judeia, fazendo as suas pregações, trazendo verdadeiras multidões para ouvirem os seus ensinamentos, os princípios doutrinários que circulavam no meio do povo judeu eram aqueles defendidos por saduceus, fariseus, essênios e zelotes.
É bom registrar que as pessoas esperavam com intenso regozijo por encontrar apoio em sua luta contra o fardo domínio romano e a busca por uma religiosidade mais efetiva, mais pura e menos voltada a uma forte tradição dogmática.
Neste sentido, Jesus foi recebido, como um essênio.

A palavra “essênios” vem do grego essenoi, podendo ser traduzida do termo aramaico que significa “curador”, de forma que se entende essênio por “aquele que cura”. Jesus curou.
Vale refletir sobre o fato de que os essênios eram totalmente contrários a certos dogmas existentes na época e por se oporem aos saduceus e fariseus, os essênios preferiam o isolamento em regiões desérticas, especialmente no lado ocidental do Mar Morto, onde foram encontrados diversos manuscritos de inquestionável valor histórico para o cristianismo.
Talvez isto explique um pouco porque a infância de Jesus não seja mencionada pelas testemunhas no Novo Testamento.
Jesus deve ser considerado essênio, inclusive, porque um dos seus líderes, que era seu primo e o batizou, João Batista, pertencia a esta comunidade.
Pela descrição bíblica, durante o batismo de Jesus, a sua santidade foi atestada por meio do Espírito Santo que se apresentou em forma de uma pomba.
Portanto, esse momento o teria transformado, simbolicamente, no Cristo, por meio de um ato praticado por um essênio.
Como se observa, entre todos os grupos que compunham o povo judaico no tempo em que Jesus pregou os Seus ensinamentos, os que mais se coadunavam com a sua postura e conduta eram, sem margem de dúvidas, os essênios.
É verdade que a proximidade de Jesus com os zelotes também foi aventada por alguns de seus seguidores na época. Aliás, entre seus discípulos havia simpatizantes da seita dos zelotes, que viam Nele o Messias no sentido de o libertador do povo de Israel, aquele que reuniria as massas e conduziria a guerra contra os romanos e o sinédrio.
De forma que para este grupo, Jesus seria o libertador do povo de Israel por meio da guerra contra os romanos e o sinédrio.
Outro ponto que aproxima Jesus Cristo deste grupo é a sua acusação e sentença perante Poncio Pilatos por crime contra o Império Romano.
Daí entender qualquer confusão entre um Messias que traria liberdade por meio do espírito e um Messias que traria liberdade por meio da espada.
Neste sentido, sempre que Jesus falava sobre o Seu reino, os zelotes acreditavam que Ele estaria falando sobre o reino de paz que se realizaria na Judeia, livre dos dominadores, mas por meio da força, de uma revolução.
Este autor não considera a relação com os zelotes como significativa, uma vez que Jesus sempre esclarecia que seu reino não era deste mundo de uma forma espiritual e claramente contrária a uma tendência revolucionária. Amar a Deus acima de todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo resume bem o caráter pacífico de Jesus Cristo.

Referência
BKJ com estudos Holman. BVBooks: 2015, p. 1660.

Clique na imagem para adquirir.