Apresentação
Antes de mais nada, José – um homem justo – teve um papel importantíssimo no Cristianismo.
Primeiramente ele assumiu a paternidade de seu principal personagem, Jesus Cristo.
A característica principal de José era a de um homem justo.
Contudo, o material encontrado sobre a história de José apresenta-se muito mais especulativo do que comprovado.
Assim, narrativas interessantes são apresentadas por diversas pessoas, mas sem uma base científica, o que permite a especulação de ideias.
Aqui falaremos o que está realmente ao alcance do nosso conhecimento, tendo como fonte exclusivamente a Bíblia e a lógica na sua escolha por Deus.
Características de José
Em primeiro lugar, a Bíblia narra José como um homem justo acima de tudo.
Dessa forma, não podemos esquecer que as narrativas bíblicas colocam José como um homem de crenças fortes.
Como resultado, a lógica nos permite concluir que José foi escolhido por Deus para cumprir um dos papéis mais importantes da história do Cristianismo que estava começando.
Primordialmente este papel não caberia a quem não estivesse em condições de exercê-lo.
Daí pensarmos em um indivíduo com um caráter forte, corajoso e fiel aos seus princípios.
O Sofrimento de José
Antes de tudo, um dos maiores problemas que vejo nos cristãos atuais é quererem interpretar tudo com a mente do nosso tempo.
Imaginemos, hoje, um homem apaixonado que durante o seu noivado descobre que a sua noiva está grávida e que o filho não é dele.
Agora, voltemos no tempo, como José ficou após a notícia da gravidez de Maria? Como era esta situação naquele período?
Definitivamente, José ficou abalado emocionalmente. Não é difícil imaginar a angústia que sentiu.
Contudo é preciso perceber que naquele tempo a sua reputação ficaria totalmente abalada se descobrissem a “suposta” traição.
Evidente que seria muito pior para Maria, mas a imagem de José também seria abalada a ponto de justificar a limpeza de sua honra com o sangue da “adúltera”.
José tinha três caminhos, fugir do seu compromisso, assumir um filho que não era dele, ou condenar Maria.
José um Homem Justo
Podemos até pensar em José, pai de Jesus na terra, como o de um personagem secundário.
Vejamos a imagem destacada abaixo e mensagem bíblica:
Avisado do plano de Herodes, José levantou-se à noite, tomou o menino e Sua mãe e partiu para o Egito, permanecendo ali até a morte de Herodes (Mateus 2:14-15). É o que retrata a imagem acima.
A passagem destacada representa bem o papel de José, importante, porém discreto. Após salvar a vida do “Menino Jesus” e de Maria, sua participação histórica não é mais percebida.
Isto se reflete na imagem, José, com papel importantíssimo na salvação de Maria e de Jesus, porém quase que não é visto na própria imagem. Maria e Jesus estão iluminados, José está na penumbra.
Nesse sentido, José estava preparado para fazer o que era correto, apesar da dor que sabia que isso iria causar.
Mas José não apenas tentava fazer o que era correto, também tentava fazê-lo da maneira correta.
Aqui, novamente recorremos a lógica da narrativa de Mateus quando descreve em poucas linhas sobre a vida de José.
José decidiu que tinha que romper o noivado, mas estava determinado a fazer isso de uma maneira que não causasse uma vergonha pública a Maria.
Ele pretendia agir com justiça e amor e para isto tinha que ter coragem, ao mesmo tempo em que pensava em não errar com relação a mulher que amava a ponto de sacrificá-la.
A Justiça de José
Muitos dirão que José só tomou a sua decisão após ouvir a mensagem de Deus. Verdade!
Mas antes, José decidiu por deixar Maria e não por condená-la.
Deus deu ao homem a liberdade de suas escolhas, sempre foi assim. A velha e famosa lei do “livre arbítrio”.
Desta forma, negar a força e a coragem de José é uma grande prova de egoísmo e de negação às escolhas divinas.
José foi forte na medida em que acreditou em Deus e no que se propôs a sofrer por acreditar.
Jesus sequer havia nascido, quantos acreditariam na Sua história?
A Revelação de Maria e a Mensagem de Deus
A narrativa bíblica diz que quando Maria contou a José a respeito de sua gravidez, José sabia que o filho não era seu. Óbvio!
Seja como for, o contexto é necessário para justificar porque Deus enviou a José um mensageiro para confirmar a história de Maria.
Notamos a importância da narrativa que conduziu a outro caminho de obediência para José – tomar Maria como sua esposa.
Todavia, a mensagem não teria importância se José não fosse um homem justo e correto.
A Decisão de José
Então, José obedeceu a Deus, casou-se com Maria, e honrou a virgindade dela, até o nascimento do bebê.
Não sabemos por quanto tempo José viveu seu papel como pai terreno de Jesus.
Segundo o texto bíblico, José é mencionado, pela última vez, quando Jesus tinha doze anos de idade.
Mas José treinou seu filho no ofício da carpintaria. Deu a Jesus uma profissão digna.
Nazaré e Belém foram os lugares frequentados e vividos por José, na ocupação de carpinteiro.
Do mesmo modo, foi José, na condição de patriarca, que levou Maria e Jesus na viagem anual a Jerusalém, para a Páscoa, proporcionando boa liderança espiritual para sua família.
De acordo com os estudos bíblicos, José soube que Jesus era alguém especial desde o momento em que ouviu as palavras do anjo.
Sua forte crença naquele fato e sua disposição de seguir a orientação de Deus o capacitou para ser o pai terreno escolhido para Jesus.
Por outro lado, José amou e este é o mandamento maior que ainda seria determinado por Jesus.
Qualidades e Realizações de José
Acima de tudo, José foi um homem de integridade. José foi um homem justo.
Sua missão de pai terreno e legal de Jesus foi exemplarmente cumprido.
Em outras palavras, sensível à orientação de Deus, e disposto a fazer a vontade de Deus, cumpriu a sua missão.
José na Bíblia
Os parentes de José foram Maria, sua esposa; e seus filhos Jesus, Tiago, José, Judas, Simão e filhas.
José é mencionado principalmente em Mateus 1:19: “Então, José, seu marido, como era justo e não a queria infamar, intentou deixa-la secretamente” (Mt 1:19).
A história de José é narrada indiretamente em diversas passagens. Mateus 1:16 fala de forma clara sobre José, identificando-o como pai de Jesus: “E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo”.
