Introdução
Antes de mais nada, os primeiros cristãos literalmente deram o sangue para o desenvolvimento da História do Cristianismo.
Sobretudo porque muitos morreram ou tiveram seus membros dilacerados por acreditarem em Jesus Cristo. Portanto, graças aos primeiros cristãos hoje temos as Igrejas.
Em primeiro lugar, tomando como lógica que o Cristianismo surgiu após a ressurreição de Jesus Cristo, então, é correto afirmar que o Cristianismo para ser possível na História “precisou” sofrer e ser perseguido.
Por outro lado, o desenvolvimento do Cristianismo na História ocorreu pela conversão dos primeiros cristãos, formando as primeiras comunidades cristãs.
Assim também, a constituição da Sagrada Escritura, a elaboração dos escritos patrísticos e a compreensão da relação entre fé e vida, concluíram a existência do Cristianismo e contribuíram para a sua formação.
Juntamente com o que foi exposto acima, o modo como os primeiros cristãos foram aprendendo a se conformar com Cristo pelo martírio também possui essencial importância para o desenvolvimento do Cristianismo.
Mas tudo somente foi possível graças a conversão dos primeiros cristãos.
“Sanguis Martyrum est sêmen Ecclesia”

“O sangue dos mártires é a semente da Igreja”, frase de Tertuliano.
As fortes palavras deste cristão convertido nos dão a ideia, fora do contexto bíblico, de como os cristãos sofreram para que chegássemos a liberdade que temos hoje de fazermos as nossas orações nas Igrejas e em nossas casas.
“Assim, o meu espírito mantém-se firme. E, como que por magia, atenua as consequências das pancadas recebidas. Mas o meu corpo lembra-se bem delas ao longo dos dias seguintes. São esses os momentos mais difíceis, em que a dor lancinante se torna aguda, insuportável. A custo me mantenho de pé nessa cela minúscula, paralisado, cheio de dores musculares, como um velho antes do tempo.
O meu único alento provém da recordação da vida dos mártires, lida depois da minha conversão. Não me lembro precisamente de cada um desses relatos, mas conservei uma convicção, uma só, mais preciosa que um diamante nestes dias malditos. “Ninguém se torna cristão num tapete de rosas’”. (FADELLE, Joseph. O preço a pagar por me tornar cristão. São Paulo: Paulinas, 2013, p. 138).
Em outras palavras, apesar da desnecessidade de interpretar pormenorizadamente o texto acima, fica evidente o sofrimento pelo qual passou este cristão convertido.
Seja como for, na narrativa, Tertuliano sofria preso, fazendo remissão ao sofrimento daqueles que o antecederam.
Analogicamente, o relato acima consiste em uma prova histórica do Cristianismo.

Os Primeiros Cristãos
Antes de tudo, com a morte de Cristo, abriu-se, então, “as portas” para o surgimento do Cristianismo.
Dessa forma, conforme os planos de Deus, o Cristianismo teve início por aqueles que testemunharam os ensinamentos de Cristo.
Afinal, quanto mais próximo do fato, mais qualificada se torna a testemunha, ou seja, a testemunha ocular é mais confiável do que a testemunha que conheceu esta testemunha ocular; a testemunha que conheceu a testemunha ocular é mais qualificada que a testemunha que ouviu dizer de terceiros; a testemunha que ouviu dizer de terceiros é mais qualificada do que a testemunha que apenas lê ou leu os fatos, como é o nosso caso. Por isso a importância de conhecermos o texto bíblico e toda a documentação que nos foi deixada, como o texto de Tertuliano transcrito acima.
Contudo, não é somente isto, aqueles que acompanharam o sofrimento, a morte e a ressurreição de Jesus foram os primeiros convertidos.
Do mesmo modo, deve ser dito o mesmo sobre aqueles que morreram e/ou sofreram em nome de Jesus.
Por isso que ao interpretar o texto bíblico, sobretudo o Novo Testamento, devemos ter os ensinamentos como provas testemunhais.
Estas provas testemunhais corroboram com todo o contexto histórico provado por meio de estudos arqueológicos e documentos.
Assim, o Teólogo consegue comprovar cientificamente a existência de Jesus Cristo.
Os Primeiros Cristãos e os Apóstolos

Primeiramente, foi em torno dos Apóstolos que aconteceram as primeiras conversões, como expresso no próprio texto bíblico:
³⁷ E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?
³⁸ E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, em remissão de pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;
³⁹ Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.
⁴⁰ E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.
⁴¹ De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas,
⁴² E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
⁴³ E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
⁴⁴ E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
Atos 2:37-44
(Fonte: www.bibliaonline.com.br)
O texto expõe o momento em que os homens não tinham mais Jesus na forma humana.
Por meio do batismo os homens converteram-se, então, ao Cristianismo.
O Martírio dos Primeiros Cristãos é a Maior Prova da Existência de Jesus
Acima de tudo, foi o “sangue” dos primeiros cristãos que solidificou o que hoje é a Igreja de Cristo.
De acordo com os seus ensinamentos, a Igreja de Jesus é única e a Ele pertence.
Em conclusão, a prova a qual estamos nos referindo encontra-se no fato de que os primeiros cristãos aceitariam tamanho sofrimento e até mesmo a morte sem abrirem mão da sua fé.
Por óbvio, caso não tivessem a convicção dos fatos, não resistiriam a humilhação e a tortura que lhes eram impostas?

Os primeiros cristãos eram colocados nas arenas para serem devorados por animais ou serem massacrados por gladiadores para o simplesmente divertimento de quem assistia aquele “espetáculo”.
Devemos observar que este sofrimento era imposto a família toda, homens, mulheres, crianças e idosos.
Enfatizamos, caso não houvesse uma fé verdadeira, negariam facilmente a existência de Jesus para pouparem as suas vidas.
E por estarem próximos ao tempo da passagem de Jesus Cristo como homem, no século I, este martírio acaba por se tornar uma das maiores provas da existência de Jesus.
Assim, àqueles que argumentam que não há provas da existência de Cristo e não querem acreditar na Bíblia, basta estudarem a História do Cristianismo e a própria História das Sociedades.
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Obrigado pelo comentário, Mariana! Fiquei muito feliz com a sua participação.