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Apresentação
Fariseus, saduceus e essênios eram comunidades encontradas na Palestina.
No tempo de Jesus Cristo estas comunidades disputavam o poder do sinédrio, tribunal criminal, religioso e político, que guardava as tradições judaicas.
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Contexto
O sinédrio era o tribunal criminal, político e religioso, considerado “o guardião da tradição religiosa judaica” na Palestina.
O sinédrio era as Igrejas de hoje. Eram os líderes religiosos que falavam por Deus e em nome de Deus. A estes líderes, também chamados de doutores da lei, cabiam interpretar as escrituras.
Apesar da dominação romana, havia um “acordo” entre os romanos e os líderes religiosos judeus na Palestina, ou seja, o sinédrio. Este acordo garantia aos judeus uma certa autonomia política e uma grande autonomia religiosa, em troca de tributos.
Contudo, apesar da forte influência do sinédrio sobre o povo judeu, nem todos estavam de acordo com essa autonomia e com a aliança dos líderes religiosos com os romanos.
Desta forma, o sinédrio não tinha uma unanimidade em termos de religião,
Assim, vários grupos religiosos atuaram nesse período, contestando concepções religiosas e políticas.
Entre estes grupos podemos destacar os: saduceus, fariseus, essênios e zelotes.
Os saduceus eram aristocratas que ocupavam cargos poderosos – inclusive primeiro sacerdote e sumo sacerdote -, formando a maioria do sinédrio.
Fonte: https://iadrn.blogspot.com/2012/05/quem-eram-os-saduceus-e-os-fariseus.html?m=1
Os saduceus possuíam uma posição privilegiada na sociedade judaica e procuravam manter esta posição por meio de acordos com os romanos, o que gerava grande insatisfação com os indivíduos das classes mais baixas, que compartilhavam interesses comuns com os fariseus.
Já os fariseus eram um grupo composto por comerciantes e artesãos. No sinédrio, estavam em posição minoritária, mas, como tinham forte apoio popular, conseguiam interferir nas decisões do conselho.
Fonte: https://bibliotecadopregador.com.br/fariseus/
Nota-se que a situação religiosa e política no momento em que Jesus iniciou toda a sua peregrinação e ensinamentos não era muito pacífica.
Saduceus e fariseus disputavam o controle do sinédrio, mas também conviviam várias seitas judaicas condenadas pelo conselho dos sacerdotes, destacando aqui os essênios.
Fonte: https://bibliotecadopregador.com.br/quem-eram-os-essenios-na-biblia-e-o-que-eles-pregavam/
Os essênios formavam uma curiosa comunidade religiosa judaica.
Os essênios viviam em comunidades espalhadas em cidades da Judéia, inclusive Jerusalém, mas acredita-se que a maioria, por não concordarem com as questões religiosas pregadas pelo sinédrio, estabelecia-se no deserto.
A palavra “essênios” vem do grego essenoi, podendo ser traduzida do termo aramaico que significa “curador”, de forma que se entende essênio por “aquele que cura”. Muito sugestivo que Jesus fosse considerado um essênio.
Apesar de não ser encontrado na Bíblia texto que fale desta comunidade, muitos estudiosos acreditam que João Batista era um dos líderes religiosos deste grupo, chegando-se a afirmar que Jesus Cristo também era essênio, uma vez que foi batizado por um dos seus líderes.
O historiador Flávio Josefo fala sobre esta comunidade, havendo relatos, inclusive de sua convivência com membros deste grupo e a descoberta em Qumran dos Rolos do Mar Morto constitui prova incontestável da existência desta comunidade.
Fonte: The Leon Levy Dead Sea Scrolls
Acima, “O Grande Fragmento de Isaias”, denominado fragmentos 1QIsa, que foram escritos pelos essênios e que comprovam historicamente e cientificamente a existência desta comunidade. Estes fragmentos datam de 100 a.C. e foi um dos sete manuscritos primeiramente descoberto por Beduínos no deserto de Qumran em 1948.
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